"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados". Mahatma Gandhi.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Festas de fim de ano chegando, e agora?

Texto da Dra. María Virginia Ragau, traduzido e modificado por mim, Tayana Briceño.

Um dos problemas mais frequentes nos animais de companhia é o medo excessivo aos ruídos, fato que ocorre principalmente nas festas de fim de ano. O medo é uma resposta emocional normal em situações que podem significar perigo para o animal. Logo essa conduta pode se repetir ainda que não haja um verdadeiro risco e inclusive de forma exagerada diante de pequenos estímulos.
         A resposta de um cão pode variar desde uma leve intranquilidade até um estado de ansiedade intensa com sinais físicos característicos como frequência cardíaca e respiratória aumentada, salivação, defecação, micção, destruição, vocalizações, tremor, tentativas de se esconder ou escapar, atividade aumentada, transtornos gastrintestinais, estados de alerta.
      Nos gatos os sinais passam mais despercebidos, de maneira geral tratam de se esconder ou escapar. Todos estes sinais são um indicativo da falta de bem-estar animal. O manejo adequado dos tutores pode melhorar esta situação.
         Alguns conselhos para um bom manejo dos nossos animais durante um evento com fogos de artifício:

*Evitar deixá-lo em uma gaiola ou amarrado já que pode machucar-se na tentativa de escapar.
*Tampouco deixá-lo solto na rua porque pode fugir, ser atropelado ou sofrer qualquer acidente.
*Permitir ao animal que se resguarde preferencialmente em um lugar isolado dos ruídos externos. Se possível, fechar janelas e persianas.
* Não desafiar ou castigar o animal que apresenta conduta de medo, isto aumenta o estado de ansiedade.
* Não acalmar ou acariciar ao animal, já que pode ser interpretado como uma recompensa a sua conduta.
* Acompanhar o animal e transmitir-lhe estado de calma.
* Não tentar tirá-lo do lugar onde se refugiou porque ele pode responder de maneira agressiva.
*Para dissipar os ruídos, criar um som de fundo como música ou televisão.
*Também se pode cobrir o animal com uma manta ou edredom.
*Se o animal é receptivo pode se distrair com seu brinquedo favorito ou brincadeiras interativas com o tutor.
*Podem ser colocados tampões de algodão ou silicone nos ouvidos, sempre que o animal esteja habituado aos mesmos.

Prevenção

*Realizar uma correta socialização desde filhote.
*Expor a diferentes estímulos para habituar-se progressivamente a todo tipo de ruídos. Isto deve ser feito de maneira supervisionada por um profissional e evitando experiências traumáticas relacionadas a fotos de artifício.
*Atualmente existem cds com sons de fogos de artifício para acostumar os animais.

Com um bom manejo podemos evitar que o animal se fira ou escape.

Consulta comportamental você só encontra na Pet Stop Animal Care, segundas, quartas e sextas de 13h30 às 16h, ou através de consultas agendadas. 
3087-8448/3304-8448/8445-3709.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Brinquedos para gatos



Os 11 brinquedos que estavam na Pet Stop Animal Care já foram todos doados. Estou fazendo mais, dentre eles os das figuras abaixo, o primeiro é um esconderijo com brinquedos pendurados, o segundo é uma prateleira para colocar brinquedos com uma área para se esconder. Quem quiser adquiri-los vá na Pet Stop Animal Care, rua Rio Jutaí, n. 39, Vieiralves (entre a rua Rio Içá e a rua Rio Purus, entrando pela rua Acre, lado direito). Você pode também colaborar doando material para que sejam feitos mais brinquedos, como: caixas de papelão, palitos de churrasco e picolé, potes de batata stax e pringles, caixas de papelão de pizza, rolos de papelão, caixas de ovos vazias, luvas de frio, garrafas plásticas, potes de iogurte. A Canis agradece.

Tayana Briceño

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Brinquedos para cães e gatos.

Acabei de confeccionar brinquedos para cães e gatos e vou deixá-los a partir de hoje na Pet Stop Animal Care. Os brinquedos serão distribuídos lá de maneira GRATUITA. A Pet Stop Animal Care fica na rua Rio Jutaí, n. 39, Vieiralves (entrando pela rua Acre, entre a rua Rio Içá e a rua Rio Purus, lado direito). Os brinquedos são feitos de material reciclável e você além de pegar um brinquedo também pode doar material para que sejam feitos mais brinquedos. O material para ser doado pode ser: Garrafas plásticas dos mais variados tamanhos, caixas de papelão dos mais variados tamanhos, caixas vazias de ovos (caixas de 30 ovos); rolos de papelão; potes vazios de batata pringles ou stax; caixas de pizza; palitos de picolé e de churrasco; luvas de frio. Desde já a Canis agradece qualquer ajuda.

Tayana Briceño.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pet Stop Animal Care

A Canis Consultoria em Comportamento Animal agora está na Pet Stop Animal Care, onde você tem consultório, lojinha, banho e tosa, creche e hospedagem. Estou lá segundas, quartas e sextas de 13h30 às 16h e as consultas também podem ser agendadas em outros horários. O endereço é: Rua Rio Jutaí (entre a Içá e a Purus, entrando pela rua Acre), n.39, Vieiralves - Tels.: 3087-8448/3304-8448. Venha nos fazer uma visita. Também vendemos brinquedos educativos para cães, gatos, aves e roedores. Confira no site: www.petgames.com.br

Tayana Briceño.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Enriquecimento ambiental para gatos

Link maravilhoso com dicas de enriquecimento ambiental para gatos.

http://colunas.criativa.globo.com/bicharada/2011/11/22/um-quarto-so-para-gatos/

Enriquecimento ambiental é uma série de recursos que ajudam com estímulos físicos e mentais a enriquecer o ambiente dos animais, é um artifício muito útil na prevenção e tratamento de problemas comportamentais. Se você quiser mais dicas de enriquecimento ambiental para gatos, cães, aves e roedores, entre em contato com a Canis. Agora ela é formada por mim, Tayana Briceño, veterinária, e mais 3 pessoas estudantes de veterinária, André Leite, Lilia Gomes e Diane Caroline. Por enquanto não temos sede, mas atendemos a domicílio. Será um enorme prazer contribuir para promover um melhor bem-estar e saúde mental para o seu animal e consequentemente pra você.

comportamentoanimal@live.com
Canis_Manaus (no twitter)
Canis Consultoria em Comportamento Animal - Facebook
92-3236-5409/8445-3709.

domingo, 20 de novembro de 2011

Como ensinar seu cão a aproximar-se das pessoas de maneira educada - Texto da Dra. Sophia Yin.

Passo 1: Esteja pronto/a para agir tão logo que você veja alguém se aproximando do seu cão. Conforme a pessoa for se aproximando, diga à pessoa para esperar até que você consiga que o seu cão sente.

Passo 1b: Algumas pessoas podem não compreender que você está pedindo que elas parem. Mesmo que você diga: espera! elas podem permanecer se aproximando até o cachorro pular nelas. Então você vai precisar usar pistas corporais claras pra que elas respondam corretamente. Você pode  colocar a sua mãe no universal ‘sinal de parada’, ou você pode andar pra trás. A maioria das pessoas capta a idéia de que se você está se movendo pra longe deles você não quer que eles sigam.

Passo 2: Em seguida , faça com que o cachorro se sente e olhe pra você. Enquanto ele estiver sentado, recompense-o com alguns petiscos - o primeiro por sentar e adicionais por permanecer sentado.

Passo 3: O cão está mais propenso a tentar pular se você demorar muito tempo a levar o petisco à sua altura, enquanto que outra pessoa pode se inclinar para acariciá-lo. Agache-se ao seu nível para que seja fácil para dar o petisco bem no nível da sua cabeça.

Passo 4: Agora, para mantê-lo focado em você e ter uma experiência positiva, mantenha os petiscos bem na frente da sua face e então seu focinho está sempre perto da sua mão.

Dica: Mantenha uma mão segurando a coleira para prevenir pulos e com a outra mantenha os petiscos. Certifique-se de que você está mantendo os petiscos bem perto da face do cão em uma posição que o faça permanecer sentado. O posicionamento do petisco vai determinar onde a sua cabeça vai estar.

Passo 5: Quando você tiver certeza que o cão está focado em você e nos petiscos, diga à pessoa que ela já pode acariciá-lo. Continue dando os petiscos na mesma posição e de maneira constante.

Passo 6: Mantenha os petiscos  até que o cão esteja calmo enquanto é acariciado.

Passo 7: Vá reduzindo o fornecimento de petiscos de forma que você puxa sua mão entre os petiscos por poucos segundos.

Passo 8: Apresse-se e dê a ele outro petisco antes que ele levante. Gradualmente aumente o intervalo entre os petiscos, contanto que ele se mantenha calmo. Quando esta saudação se tornar um hábito, você não vai mais necessitar de petiscos e acariciá-lo será a recompensa.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Canis no Facebook

Agora a Canis também está no facebook como:

Canis Consultoria em Comportamento Animal.

Em breve maiores novidades.

Tayana Briceño.

sábado, 17 de setembro de 2011

Guarda responsável

Precisamos urgentemente expandir o conceito de Guarda Responsável a um outro nível e se Deus quiser um dia qualquer animal só poderá ser adotado ou comprado depois da pessoa candidata fazer um exame psiquiátrico de várias sessões e ser aprovada! Parece algo muito extremo, não é? Mas você já parou pra pensar no animal do hipocondríaco cheio de remédios também, o animal do esquizofrênico que é chutado pra bem longe quando seu tutor tem uma alucinação, o do anti-social extremo que não sai de casa pra nada e deixa seu animal sem ser socializado também. E o do bipolar que também tem variações de humor? E uma pessoa com dupla personalidade então? E a pessoa com depressão que não consegue interagir bem com outras pessoas e acaba afetando a interação com seu animal também? E por que várias sessões e não só uma? Porque as pessoas com os problemas mais graves são as mais manipuladoras e te fazem parecer que não tem nada, só a família conhece melhor, e é por isso que muitas vezes só conhecemos um esquizofrênico, uma pessoa com depressão profunda de vários anos e tantos outros distúrbios graves como aquele psicopata que sodomiza animais ou sente prazer em vê-los sofrer dentro de um forno ou os enforca, que faz sexo com animais mortos... quando vemos na tv!!! 


Existem pessoas e animais não humanos também com distúrbios emocionais e outras com distúrbios mentais, e qual a diferença? Os distúrbios emocionais podem ser controlados se for feita uma boa terapia e o tratamento for seguido sem interrupções, já os distúrbios mentais são mais graves porque interferem no controle das pessoas e o distúrbio vai estar sempre lá, podendo ser amenizado, mas não curado. O cérebro dos animais não humanos ainda não chegou a esse desenvolvimento, ainda bem! Eu não estou aqui nesse blog querendo me promover por comportamento estar na moda nem pra dizer: olha como eu sei mais de comportamento que vocês! A idéia do meu projeto é divulgar justamente o contrário, que a gente poderia retornar a reciprocidade que vivíamos antes, os benefícios mútuos e a troca de experiências e idéias que vivíamos numa época em que o trabalho era verdadeiramente em equipe e que a liberdade de expressão não era tão reprimida e respeitávamos mais as diferenças individuais, a natureza independente de cada um. 


As pessoas e animais não humanos com mais problemas de comportamento são aquelas que mais precisam da nossa atenção, e no entanto dizemos: se aproxima desse animal aqui que ele é bonzinho, se afasta desse outro que ele é agressivo! E no entanto ele só está querendo ser ouvido! Os animais não humanos não falam como nós, então mordem, latem, relincham, miam, cantam... e essa é a forma de comunicação deles. Eles podem querer dizer que estão bem ou que estão muito mal! Resgatar uma boa interação entre homem-homem, homem-animal não humano e animal não humano-animal não humano, é essa a idéia da Canis. Ninguém tem determinado comportamento porque é assim! Falamos muito isso: ah, ele é assim mesmo, mas esquecemos que os seres humanos e animais não humanos são uma interação biológica, social, genética e condutual.


Agora eu estou na Escola de Equitação Nissim Pazuello, ao lado do Roma do Adrianópolis, onde comecei a prestar consultoria comportamental aos cavalos de lá. Assista a palestra sobre Zoopsiquiatria e seja parceiro da Canis. 


Tayana.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

It's evolution, baby!

Adoro essa música do Pearl Jam (Do the evolution), ela fala exatamente o que a maioria das pessoas pensa, que só o humano pode evoluir, as outras espécies não! O cérebro dos animais não humanos também tem se desenvolvido com o tempo, afinal eles tem constantemente que se adaptar ao meio para conseguir sobreviver e isso exige inteligência, só é uma inteligência mais abstrata que acontece num ritmo mais lento que o nosso, mas acontece e não percebemos nessa vida corrida. Provas?

Um filhote de uma gata arranhou a cara da mãe, o que a mãe fez? Não, ela não agiu com seu instinto e deu uma boa repreensão nele, ela foi sábia e cortou as unhas da sua cria com a boca! 

Quer ouvir mais relatos impressionantes como esse sobre os sentimentos e emoções nos animais? A Canis tem a felicidade enorme de anunciar que conseguiu parceria para suas atividades, cursos e palestras, e a primeira palestra não poderia ser outra: Zoopsiquiatria,que loucura é essa? Um olhar diferente sobre a medicina veterinária. Olhar diferente porque a sociedade e até mesmo o meio veterinário se acostumou a tratar das doenças físicas e deixar de lado o emocional e mental das outras espécies, e isso não deveria acontecer porque se saúde só fosse física não teríamos tanto filho matando pai, pai estuprando o filho e gente cometendo tantas crueldades contra os outros animais, mas isso acontece porque até mesmo entre humanos achamos que tudo é físico por sermos tão visuais. 

Temas abordados: A história da Zoopsiquiatria no mundo. A mente dos animais não humanos. Medicina do Comportamento. Psicologia comparativa. Como é uma consulta comportamental? (diagnóstico, tratamento, prognóstico), Interação homem-animal não humano. Principais problemas comportamentais nas espécies domésticas. Relatos de caso.

Dia: 19/09.
Horário: A partir das 8h (será a segunda palestra, então deve ser por volta das 9h, confirme no ato da inscrição).
Valor: R$ 20,00 alunos da Nilton Lins e R$ 40,00 público externo.
Local: A palestra comporá parte da II Semana Acadêmica de Medicina Veterinária do Centro Universitário Nilton Lins e se dará no Auditório Vânia Pimentel.
Inscrição: Setor de pró-reitoria e extensão da mesma instituição, no Bloco Unicenter, sala 114. - 3643-2006/2136.

Já que problema de comportamento dividido bem com os outros se torna meio problema e felicidade dividida é felicidade em dobro, nada mais justo do que dois eventos da Canis!!!!

Mini-curso: Manejo Etológico Canino - comportamento canino pro dia-a-dia.


Programação: 

Dia 20/9 - Conteúdo teórico: 

Conhecendo o cão - domesticação, cognição e comunicação;
Manejo etológico canino - prevenindo problemas comportamentais do filhote ao idoso;
O problema já se manifestou, e agora?
Adestramento e Agility - Exercitando corpo e mente caninos. 

Dia 21/9 - Conteúdo teórico-prático.
Escolha do cão filhote e adulto através de testes de temperamento, bem como práticas relacionadas ao conteúdo do dia anterior.

Local: Auditório Vânia Pimentel, no Centro Universitário Nilton Lins (dia 20/9) e Hall da mesma instituição (21/9)
Horário: 14h às 18h.
Valor: R$ 25,00 alunos da Nilton Lins e 50,00 público externo.
Inscrições: Também na Pró-reitoria de Extensão, sala 114, UniCenter. 3643-2006/2136.

Grande agradecimento ao Centro Universitário Nilton Lins.

 TchAU miaus amigos, na próxima postagem comentarei a evolução sexual canina.

Tayana Briceño.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Animais não humanos em programas de TV

Texto extraído do site: http://etologia-no-dia-a-dia.blogspot.com/


O uso de animais em Programas de TV – Já deu! Queremos ver os animais na natureza!

Essa semana mais uma vez um fato traz a tona a questão que venho levantando há algum tempo: é certo usar os animais em shows de TV? Ofato em questão foi a agressão física e psicológica aferida às cabras pelo ator Thiago Gagliasso no reality “A Fazenda” da Record. E, além do ator confirmar a agressão (veja vídeo abaixo), o mesmo ainda se referiu aos animais de forma pejorativa e humilhante. Sempre pontuei o papel dos Comitês de Éticas, atualmente obrigatórios em qualquer instituição que use animais em ensino e pesquisa (veja a lei Arouca). Qualquer cientista que queira fazer uma pesquisa, mesmo de observação, sem manipulação, deve ter seu projeto aprovado e acompanhado pelo comitê, para que seja preservada as condições de bem-estar físico e psíquico dos animais. Agora, me diga, como que programas de TV que visam lucro e, pior, são formadores de opinião, usam os animais da forma queacham por bem? Há um acompanhamento? As emissoras de TV possuem um comitê de ética acompanhando as condições como esses animais são mantidos e usados, inclusive para trabalho? Os espetáculos com animais em circos já estão acabando, os rodeios e touradas, logo, logo... e a TV? Até onde sei os animais trabalhadores como os cães das novelas, têm contrato e termos de trabalho, além da remuneração dos seus tutores. Porém existem vários programas que já estão exagerando e a comunidade está se manifestando: O Hipertensão ao usar os animais para colocar pânico nos participantes geram muito mais pânico nos animais; O Mais você cozinhando animais vivos, a Fazenda já tem histórico, como o episódio da morte da aranha, um animal nativo e silvestre, logo sob os cuidados de órgãos federais. E agora, esse menino refletindo o comportamento de muita gente, tratar os animais com desrespeito, subjugando-os a fim de se aumentar a sua autoestima. A comunidade está se mobilizando, essas e outras situações já são insustentáveis no momento de amadurecimento das nossas concepções morais, éticas e legais. Blogs como “O grito do Bicho” tem feito um trabalho bacana de ser a voz desses animais, e diferentes profissionais discutem e trabalham para efetivar essa nova ética. Inclusive, essa semana em Curitiba teremos o Congresso de Bioética e Direito animal! Além do Curso de Bem-estar animal e Enriquecimento Ambiental. Vamos buscar uma nova forma de viver em comunidade!
Link para petição pública para expulsão do Tiago: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N14046

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cães no veterinário

Ontem foi o dia do médico veterinário e acho o momento muito propício para este texto. Outro dia um colega me perguntou como fazer para que um cão se sinta bem no veterinário e não tenha seu comportamento alterado e se mantenha tranquilo. Eu comecei a pensar em uma situação que ocorreu há alguns meses atrás. Eu estava sentada na recepção de um consultório e havia também uma criança de uns 10 anos com seu poodle do colo. Um adulto do lado lhe perguntou: mas por que você não o coloca no chão? (o cão estava tremendo). A criança disse: é que ele vai sair correndo de medo! Pois bem, muitas pessoas cometem esse erro de pensar: ele vai fazer isso, vai fazer aquilo, e acabam evitando que a situação ocorra, já se antecipando com a justificativa de que o cão não vai se comportar bem. O que deveria ser feito, não só nessa situação, mas em muitas outras é expor o animal a determinadas situações e a partir daí observar seu comportamento: se o cão agir bem recompense-o mostrando que seu comportamento foi não só aceitável como também saudável e que ele deve continuar assim. A recompensa deve ser algo natural e sincero, feito com entusiasmo, seja ela alguma comidinha gostosa, um brinquedo que o cão gosta ou um bom carinho. Se o cão se comportar mal deve haver direcionamento para que o cão entenda que aquele não foi um bom comportamento e que ele não deve mantê-lo. Gritar e reclamar: não faz isso cachorro mal educado, não faz xixi aí, pára! não adianta de nada.

Uma boa forma de ambientá-lo melhor é deixá-lo explorar o ambiente, guiá-lo até onde ele pode ir e deixá-lo cheirar o chão, pessoas, objetos e o que estiver a sua volta. Infelizmente muitas pessoas leigam não veem bem o ato de cheirar do cão e procuram evitar isso, mas é dessa maneira que ele identifica o ambiente e fazer com que o consultório se torne algo conhecido e seguro para o cão é essencial. Um cão pode demonstrar insegurança e estresse em um consultório veterinário pelo fato de ser algo que ele não pode controlar, muitas coisas estão acontecendo e o imprevisível gera ansiedade (o mesmo vale no banho e tosa).

Outra dica que melhora muito a vida os veterinários e que todos os veterinários deveriam informar aos seus clientes. Desde que o cachorro chega na sua casa ou apartamento você deve acostumá-lo aos mais diversos estímulos. Cortar as unhas regularmente, pentear se for necessário, escovar os dentes de preferência diariamente (seja com uma gaze com água, um dedal ou escova de dentes própria para cães), limpar os ouvidos (de preferência com algodão, não com cotonete). O que acontece na sua maioria é que as pessoas deixam para os banhistas, tosadores e veterinários essas atividades, e como não está acostumado, o cão naturalmente estranha e muitas vezes não se comporta bem, pelo fato de não estar habituado. A situação se complica porque muitos desses profissionais não sabem como manejar isso e acabam continuando o serviço, ignorando latidos, mordidas e tremedeiras, e o cão fica mais incomodado e menos ele gosta de tudo isso. 

Todas as atividades a serem feitas rotineiramente devem ser prazerosas e agradáveis para os cães, não devem ser feitas de forma mecânica. Fazer o cão ir aceitando aos poucos, gradualmente, faz parte do processo. No primeiro dia de escovar os dentes, por exemplo, simplesmente mostrar o material que será utilizado e novamente deixá-lo cheirar. Já no segundo dia introduzir o material na boca do cão, deixando-o mastigar um pouco. No terceiro dia começar a fazer a escovação propriamente dita, ainda que em pequenos movimentos que durem pouco. E aí no quarto, quinto dia e assim por diante já ir aumentando gradualmente o tempo de duração até o cão estar adaptado. Paciência, dedicação, disciplina, foco, direcionamento, constância e consistência são palavras que não devem faltar. 

Outra dica importante: não crie muitas expectativas. Muitas vezes ficamos com tanta expectativa em relação à forma como o cão vai se comportar em determinado lugar que isso acaba gerando ansiedade e até mesmo nervosismo, e o cão pode muito bem perceber isso e sentir-se inseguro (afinal de contas, se a pessoa que está com ele e o conduziu até o lugar está insegura, por que ele não estaria?). Manter a calma sem esquecer da ação.

Outra dica que pode funcionar para pessoas que moram perto dos consultórios veterinários. Leve seu cão a pé em um passeio gostoso e acostume-o a isso. Dessa forma ele vai associar a ida ao veterinário a um momento de ótima interação social com você e a hora de ir ao veterinário vai ser menos tensa. 

Para finalizar, brinque com o seu cão na sala de espera do consultório e na mesa de atendimento (se ele estiver em condições pra isso), interaja com ele, com as pessoas a sua volta e com os outros animais, tornando o ambiente mais leve.

Tayana Briceño, veterinária zoopsiquiatra com muito orgulho
8445-3709/32365409
comportamentoanimal@live.com

*Em breve vários cursos de comportamento canino e agora também felino! 

domingo, 4 de setembro de 2011

Cocô de cachorro vale ouro!


"As calçadas de Nova Taipei, em Taiwan, andavam imundas. Na tentativa de mobilizar a população pela limpeza pública, o governo resolveu oferecer tíquetes para sorteios de barras de ouro em troca de sacolinhas de… excrementos animais.
O sistema é bem simples: cada sacolinha de fezes entregue aos agentes de limpeza vale um número para o sorteio de três barras de ouro com valor entre US$ 216 e US$ 2100.
No ano de 2009, o governo oferecia 100 dólares tailandeses por quilo de cocô entregue aos agentes. Por motivo de bom senso, a campanha desse ano não pesa mais os excrementos, e, ao que tudo indica, a coleta está um sucesso."
Confiram no video:

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Animais de estimação e saúde mental

Segundo uma pesquisa publicada pela Associação Americana de Psicologia, animais de estimação podem servir como importantes fontes de apoio social e emocional não só para indivíduos que enfrentam desafios significativos para a saúde, mas também para as “pessoas comuns”. E, de acordo com o estudo, os donos eram tão ligados às pessoas importantes em sua vida quanto aos seus animais, indicando que não há evidências de que a relação com os animais veio por causa de problemas de relacionamento com outras pessoas.
Psicólogos da Universidade de Miami e da Saint Louis University realizaram três experimentos para examinar os benefícios potenciais do animal de estimação entre a massa de pessoas que eles denominaram “pessoas comuns”. Segundo o pesquisador Allen R. McConnel, PhD da Universidade de Miami em Ohio, durante o estudo foi observado que as pessoas que tinham animais de estimação tinham maior auto-estima, eram mais aptas fisicamente, menos solitárias, mais conscientes, mais extrovertidas, apresentavam tendências a ser menos medrosas e menos preocupadas do que aquelas que não tinham animais.
Até agora a maioria das pesquisas sobre os benefícios de animais de estimação foi correlacional, o que significa que olhou para o relacionamento entre duas variáveis, mas não mostra o que um causa ao outro.  Por exemplo, pesquisas anteriores mostraram que os pacientes idosos com animais de estimação tinham menos visitas de médicos do que pacientes similares sem animais de estimação, ou que os homens HIV-positivos com animais eram menos deprimidos do que aqueles sem.
Neste estudo, 217 pessoas (79 por cento de mulheres, com idade média de 31, a média de renda familiar anual de US $ 77.000) responderam pesquisas que visavam determinar se os donos de animais do grupo eram diferentes das pessoas que não tinham animais de estimação nas áreas de bem-estar, de personalidade e estilo de apego. Várias diferenças entre os grupos surgiram, e em todos os casos, os donos de animais de estimação eram mais felizes, mais saudáveis e mais equilibrados do que os não-proprietários.
Um segundo experimento, envolvendo 56 proprietários de cães (91 por cento dos quais eram mulheres, com idade média de 42 e renda média familiar anual de US $ 65.000), verificou que os donos de animais eram mais beneficiados quando seus animais de estimação eram notados por realmente fazem bem aos seus donos. Este estudo encontrou um maior bem-estar entre os proprietários cujos cães aumentaram seu sentimento de fazer parte, a auto-estima e existência significativa.
O último estudo, composto por 97 estudantes universitários com idade média de 19, descobriu que animais de estimação podem fazer as pessoas se sentir melhor depois de experimentar a rejeição. Indivíduos foram convidados a escrever sobre ocasiões em que se sentiram excluídos.  Em seguida, eles foram convidados a escrever sobre seu animal de estimação favorito, ou para escrever sobre seu melhor amigo, ou para desenhar um mapa do seu campus. Os pesquisadores descobriram que escrever sobre animais de estimação foi tão eficaz como escrever sobre um amigo quando o assunto era amenizar o sentimento de rejeição.
Segundo os pesquisadores, o presente trabalho mostra evidências consideráveis de que os animais beneficiam a vida de seus donos, tanto psicologicamente quanto fisicamente, servindo como uma importante fonte de apoio social.Considerando que os estudos anteriores se concentravam principalmente nos proprietários de animais que enfrentaram desafios significativos para a saúde, o presente estudo estabelece que também existem muitas conseqüências positivas para as pessoas comuns que possuem seu amigão de estimação.
Adaptado da revista ScienceDaily

domingo, 14 de agosto de 2011

História de um pai peixe

Espero que todos tenham passado um ótimo dia dos pais. Tenho uma história muito especial sobre paternidade, que mostra que os peixes podem também ter emoções e sentimentos.

Konrad Lorenz, pai da Etologia, que é o estudo do comportamento animal, em um de seus estudos observava os cuidados que um casal de peixes-jóia dedicava aos seus filhos. Ele e seus alunos observavam a limpeza do ninho, a oxigenação da água na presença de ovos ou recém-nascidos, a vigilância das pequenas crias, feita por ambos os cônjuges. Os filhotes reuniam-se no ninho por baixo da mãe e o pai procurava retardatários, os quais aspirava para a cavidade bucal e conduzia para o ninho, onde os cuspia cuidadosamente. Em um destes transportes, foi observada uma cena admirável. Pelo adiantado da hora, Lorenz queria logo acabar de alimentar os peixes. E assim fez, soltando pedaços de minhoca no aquário. Os filhotes já estavam recolhidos no ninho e a mãe vigiava sem afastar-se nem para se alimentar. O pai, que ainda procurava filhotes, distraiu-se da tarefa e apanhou um pedaço de minhoca, que no entanto era demasiadamente grande, e não conseguia engoli-lo de imediato. Enquanto mastigava, viu um filho perdido. Então aspirou o filho para a sua boca, que ainda se encontrava com comida. Os observadores ficaram estáticos para ver o que iria acontecer, não muito certos do destino do filhote. O peixe permaneceu igualmente estático, sem mastigar. Passados vários segundos, resolveu o problema. Despejou todo o conteúdo da sua boca, apanhou o pedaço da minhoca e engoliu-o sem pressa, observando o filho, que depois foi tranquilamente levado ao ninho para junto da mãe.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O problema de comportamento do meu cão é sempre culpa minha?


Atualmente divulga-se muito que o cão tem problemas de comportamento por causa do seu tutor*. Segundo a zoopsiquiatra argentina María Virginia Ragau, 80% dos problemas comportamentais estão relacionados à criação e ao ambiente, enquanto que 20% estão relacionados à genética.

É sabido que os animais domésticos passaram a desenvolver problemas de conduta com a domesticação e o convívio com os humanos fez com que muitos cães tivessem seus comportamentos normais alterados justamente pela falta de conhecimento por parte do homem em relação à natureza canina e suas necessidades.

Esta falta de compreensão, não só relativa ao cão, mas a muitas outras espécies que conosco convivem, está arraigada na nossa cultura e persiste a gerações. No caso dos cães, isso se deve também ao fato de que até mesmo no meio científico havia há algum tempo atrás a crença de que não havia muito a ser estudado sobre os cães e que não poderíamos aprender muito com essa interação.

Esta realidade tem mudado nas últimas décadas e sabe-se que o cão por estar convivendo no meio humano há tanto tempo é também outra porta de entrada (além dos primatas) para o conhecimento do comportamento humano e existem vários psicólogos estudiosos do comportamento animal que contribuem fortemente para o crescimento da área.

Apesar disto, ainda é muito corriqueiro ouvir adultos dizendo a crianças: ei,fica longe daí que aí tem cachorro! Enquanto na minha opinião deveria ser dito: Olha só, eu vou te mostrar o animal até onde é seguro, porque não conhecemos esse cachorro e você só deve se aproximar de um cão se um adulto conhecido estiver com você, conhecer o cão e te permitir fazer isso, porque nós não sabemos como o cão pode reagir, ele pode aceitar a nossa aproximação ou pode não gostar da nossa presença.

Outro dia fui levar meu filho pra vaciná-lo em um posto de saúde e uma mãe estava com sua filha pequena, que queria sair a explorar o lugar. A mãe falou o quê?  Essa dá pra adivinhar fácil.



* Sim, tutor. Hoje em dia muitos já estão abolindo as palavras Dono e Proprietário e utilizando as palavras guardião, companheiro ou tutor, e a justificativa é muito válida, visto que não devemos considerar outros seres vivos como sendo de nossa propriedade. Posse responsável também tem mudado de nome para Guarda responsável.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ele quer tudo que a gente come!


Texto extraído do blog da Núcleo Pet: www.nucleopet.com.br, do meu amigo Jorge Pereira.

Basta reunir a família à mesa para o almoço, jantar ou qualquer outra refeição que logo aparecem nossos amigos de quatro patas para também participar deste momento tão delicioso.

Geralmente estas visitas acontecem por causa da quantidade excessiva de zelo e mimo direcionada aos animais, mas quem consegue contrariá-los?

Os cães, assim como os gatos, sabem muito bem como implorar por uma delícia, alguns animais até desenvolvem técnicas diferenciadas para serem percebidos e ganharem suas tão desejadas guloseimas.

Um gato geralmente começa o processo tocando com as patas de leve no corpo de quem ele sabe que existe uma chance maior de sucesso, mas se ele perceber que a vítima não deu atenção suficiente o jogo se intensifica, e o danadinho começa a usar suas unhas, e a intensidade das investidas vai aumentando, até que ele fica chato o suficiente para conseguir seu tão desejado premio.

O cão tem uma tendência a vocalizar mais, o que começa com um simples sussurro, vai aumentar até um latido, com uma freqüência sonora muito diferente do latido normal e com um som que parece até atravessar nossa cabeça, como um jato.

Para o cão o processo da “manipulação” é um pouco mais elaborado, após conseguir a atenção de sua vítima, mesmo que para repreendê-lo, eis que o danado utiliza sua arma secreta, e como um ator de talento digno de um Oscar, ele solta seu olhar de piedade, faz a carinha de “tô com fome” e por último, se senta, estica a patinha e faz pose de inteligente, mostrado que ele sabe fazer aquilo que você sempre pede pra ele fazer - mas que ele nunca faz.

Pronto. Isso é o suficiente para, mais uma vez, o cãozinho ou o gatinho ganhar sua tão desejada guloseima. Cães e os gatos são peritos em convencer as pessoas a realizarem seus desejos, e geralmente só percebemos que o nosso pet pidão é um problema quando outras pessoas nos alertam sobre o comportamento do animal.

Precisamos ficar atentos às investidas dos nossos amigões, além de não ser uma prática saudável, em muitos casos os animais se tornam muito insistentes, chegando ao ponto de fazer assaltos quando ninguém está olhando.

Para evitar este tipo de comportamento o primeiro passo é você ter consciência que nem todo alimento é indicado para os animais, uma alimentação extra pode levá-lo à obesidade, o ideal é alimentá-lo com uma ração balanceada e de boa qualidade.

Depois de se conscientizar que a prática de oferecer as guloseimas pode ser prejudicial à saúde do seu pet, é importante que limites sejam estabelecidos. Alimente seu animal somente em sua vasilha, mesmo que você queira oferecer uma guloseima, que ela seja oferecida no horário de alimentação do animal e em sua vasilha de alimentação, nunca na hora em que as pessoas estejam comendo.

É de extrema importância que todos na casa tenham a mesma postura, de alimentá-lo somente nas condições pré-estabelecidas. O processo não vai surtir resultado se alguém ceder aos apelos do pidão, todos devem ser firmes, mesmo que ele faça carinhas e expressões. Como você já sabe, os pets são os melhores atores que você vai encontrar.

Seguindo estas dicas você irá conseguir que seu pet entenda que ele só irá ganhar alguma guloseima se tiver um bom comportamento, com isso ele vai acabar deixando de lado todo aquele processo desgastante, e muitas vezes constrangedor.

Não se esqueça de sempre consultar um veterinário para saber o que você pode ou não dar para seu amigão, e saiba que passeio e exercícios são muito mais importantes para vida e saúde do seu pet do que guloseimas.
E não se esqueça nunca: seja firme e não ceda aos olhinhos altamente manipuladores destes corações de pelo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Comunicação canina - parte 2


Texto extraído do livro Dog Bible.

Linguagem corporal canina

Cabeça

Cabeça erguida: auto-confiança  e interesse no que vê, ouve ou cheira.
Cabeça erguida, pescoço arqueado: confiança, exibindo posição superior em detrimento de outro cão.
Cabeça erguida, inclinada para o lado: interesse ​​e curiosidade.
Cabeça e pescoço horizontal, corpo agachado, ligeiramente inclinado para a frente: pronto para correr em frente, mas esperando o momento certo, pode ser curioso ou agressivo.
Cabeça e pescoço horizontal ou abaixado, abaixo horizontal, o corpo agachado, levemente inclinado, inclinando-se para trás: pronto para escapar, pode agarrar ou morder se encurralado.
Cabeça horizontal ou inferior horizontal, virada para um lado, face voltada para cima: mostrando o desejo de sujeitar-se.
Cabeça horizontal ou inferior horizontal, corpo curvado, cabeça e rabo na mesma direção: acuado, com medo e sentimento de auto-proteção. É provável que agarre ou morda com a aproximação.
Cabeça caída, focinho para baixo ou dobrado em direção ao peito, olhos desviantes, ligeramente inclinado: falta de confiança, mostrando deferência submissa a um indivíduo de nível superior.

Orelhas

Levantadas, aberturas para a frente: forte interesse
Levantadas apenas parcialmente, as aberturas para a frente: interessado, mas ainda não ansioso para abordagem.
Levantadas a meio caminho, aberturas laterais: interessado, mas preocupado.
Abaixadas, aberturas para baixo ou viradas para trás: desejo, preocupação de fugir.
Abaixadas, coladas ao lado da cabeça: alarme ou medo. O cão deseja escapar, mas pode ter medo de se mover, pode agarrar ou morder na aproximação.

Olhos

Olhar vigoroso, intenso, fixo: dominante, pode ser predatório ou agressivo.
Olhar desviante: submisso, pode ester temeroso.
Olhos que se movem na direção e longe de uma pessoa ou animal: medo ou ansiedade.

Postura corporal

Postura escondida, o cão fica perto do chão: submisso, com medo,  podendo ter agressividade por medo.
Pondo-se de pé de maneira rígida, levantando-se nas patas, inclinando-se para frente: confiante, curioso e animado, mas pode ser agressivo ou predatório.
Inclinação de cabeça para baixo, patas dianteiras estendidas, região traseira para cima: brincalhão e amigável, iniciando interação.
De costas, barriga exposta: submisso, pode estar temeroso.

Cauda

Acima da horizontal

Cauda alta, rígida e imóvel ou calma: avaliando situação de perigo, pronto para conflito.
Alta e abanando rigidamente como um metrônomo: exibição de dominância e disposição para o combate.
Alta e abanando de maneira rígida em um arco curto: disposição para interagir de forma amigável com um cão de categoria semelhante, se o outro cão não inicia combate. Possível interesse sexual.
Agitando suavemente em um amplo arco: amigável, interessado e entusiasmado.

Horizontal

Alta e rígida, imóvel, em linha reta: interessado, avaliando a situação e provavelmente vai seguir ou perseguir se o objeto de interesse recua ou foge .
Cauda imóvel: interessado, mas ainda não está pronto para avançar.
Horizontal com a ponta caída: não sabe se recua ou se aproxima-se.

Abaixo da horizontal

Abanando suavemente: amigável, mas falta confiança.
Dobrada e abanando: falta de confiança e posição social, mas não é combativo. Permitirá uma aproximação lenta, mas pode entrar em pânico e fugir, dependendo da velocidade de quem se aproxima.
Dobrado e imóvel: com medo, se afasta quando se aproximam e podem morder se encurralado.
Cauda tensamente dobrada, deitado de lado ou de costas, possivelmente também urinando: mostrando total submissão a um indivíduo com posição social superior.